quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

VOU MANDAR-TE PARA LONGE!

A Mariana Bastos, aluna do 8ºC, também aderiu aos desafios dos contos em 77 palavras, promovido pela escritora Margarida Fonseca Santos. Desta vez, o desafio é contar uma história de enganos.

Será que ainda te lembras como me enganei contigo? Completamente apaixonada, corri o mundo atrás de ti! Tu apenas me fizeste mais uma das tuas namoradas e eu a pensar que nos iríamos casar, que os meus pais te iam conhecer. Caí na tua teia. Como foste capaz? E logo enganares-me a mim, a quem dizias ser tua amada. Ainda estou parva, como foste capaz? Sempre me enganaste ou também te apaixonaste? Vou mandar-te embora, para longe. 

HOLOCAUSTO

"O refugiado" (1939), de Felix Nussbaum 
Yad Vashem Art Museum 

Hoje, é dia de lembrar e lamentar.
Há 71 anos, os oficiais do Exército Vermelho entraram em Auschwitz para libertar os prisioneiros. Desse tempo ficaram memórias e algumas pinturas. Cerca de cem pinturas de vítimas do Holocausto que retratam o sofrimento de quem se arriscou a pintar em plena guerra, enquanto enfrentava a ameaça da morte, vão ser, agora, expostas em Berlim.
O artigo completo pode ser lido aqui.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

REDAÇÃO DE TEXTO EXPOSITIVO

Depois da leitura integral da peça de teatro Auto da Barca do Inferno e depois da respetiva análise, os alunos de 9ºano devem redigir um pequeno texto expositivo abordando os seguintes tópicos:
O Auto da Barca do Inferno é um texto satírico que espelha a sociedade quinhentista e mostra uma nação em crise. Justifica esta afirmação tendo em conta os seguintes tópicos: 

  • Nome do autor
  • Data em que foi escrita a peça
  • Argumento 
  • O que/quem é criticado
  • De que forma é feita a crítica
  • Moralidade da peça
  • Intemporalidade da mensagem

AUTO DA BARCA DO INFERNO

Para melhor compreensão da obra Auto da Barca do Inferno, os alunos de 9ºano podem consultar uma grelha síntese da obra. É só seguir o link.


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

ENGANADA!

- Enganada! Fui completamente enganada! Antes de nos casarmos eras tão trabalhador e amável! E agora? Agora não fazes absolutamente nada! Como fui burra, deviam pôr-me umas palas nos olhos! A minha mãe avisou-me! Que não eras homem para mim! Que eras um impostor! Mas eu não lhe liguei, ela estava a alucinar… Ai! Se continuares assim, tens bom remédio! Ponho-te as malas fora de portas. Como posso ser assim, perguntas tu? Meu amigo, ainda não viste nada!

microconto em 77 palavras da Bruna Gomes, 8ºC (ano letivo 2015/16)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

HÁ PALAVRAS QUE NOS BEIJAM

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Alexandre O'Neill, in No Reino da Dinamarca 

Mais poemas sobre o tema "Palavras" podem ser lidos no site citador (seguir o link).

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

CONCURSO DE POESIA

O departamento de português do Agrupamento, em colaboração com a equipa das BE, promove, mais uma vez, um concurso de poesia para os alunos de 1º, 2º e 3ºciclos.
Vai à caça das palavras!!! Participa.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

AUTO DA BARCA DO INFERNO

 A. A época 
1. Idade Média (período histórico que vai do século V ao século XV). 
1.1 Período de grande religiosidade, tudo se subordinava à ideia de que Deus era “a medida de todas as coisas”: teocentrismo. 
1.2 Na vida quotidiana aceitava-se o sofrimento, o trabalho mal pago, a doença e as provações como forma de salvação da alma. As práticas religiosas, não conformes com a Igreja, eram condenadas e as pessoas que as praticavam eram queimadas. Era valorizada a morte em combate pela Fé cristã. A ideia da Morte passou a ser uma obsessão e era representada como um esqueleto que a todos ceifa com a sua foice. 
2. Assiste-se à substituição do latim (língua oficial do Império Romano) pelas diferentes línguas nacionais, de origem latina: português, castelhano, catalão, francês, provençal, italiano, romeno. 
3. Vive-se em constante estado de guerra. 
4. A sociedade está dividida em classes: a nobreza (os senhores ocupavam-se da guerra, da administração das suas terras e com jogos); o clero (membros da Igreja com todo o poder, saber e riqueza); o povo (os servos cultivavam as terras e não tinham quaisquer direitos). 
5. A literatura tem os seguintes traços: lirismo trovadoresco (amor puro, espiritual); teatro de base religiosa (representação de cenas da Bíblia, da vida de Cristo e dos Apóstolos); narrativas de vida de santos, de fábulas moralizadoras ou de cavalaria); alegorias. 
A obra máxima de toda a Idade Média é A Divina Comédia de Dante: representação simbólica da vida após a morte. 
B. Vida e obra de Gil Vicente 
1. Data e local de nascimento incertos (1465? Guimarães?); 
2. Data de morte incerta (entre 1536 e 1540?); 
3. Profissão incerta (Alfaiate? Ourives?); 
4. Casado duas vezes e pai de muitos filhos; 
5. 1502: representação da primeira peça, Monólogo do Vaqueiro, pelo próprio Gil Vicente, para comemorar o nascimento do futuro rei D. João III; 
6. 1517 (?): representação da peça Auto da Barca do Inferno
7. 1536: representação da última peça Floresta de Enganos
8. Entre estas datas escreveu cerca de meia centena de peças; 
9. Teve problemas com a Inquisição que proibiu algumas das suas peças; 
10. Classificação das suas peças: 
- Autos, de inspiração ou motivação religiosa (autos pastoris e moralidades); 
- Autos, de inspiração ou motivação profanas (farsas e comédias). 
11. Considerado o criador do teatro português uma vez que antes dele apenas se faziam representações religiosas. 
12. Gil Vicente retratou, com refinada comicidade, a sociedade portuguesa do século XVI, demonstrando uma grande capacidade de observação ao traçar o perfil das personagens. Crítico severo dos costumes, (de acordo com a máxima "Ridendo castigat mores" – a rir corrigem-se os costumes), Gil Vicente é também um dos mais importantes autores satíricos da língua portuguesa. 
C. Compreender a peça 
1. Temática 
Peça de inspiração religiosa é, sobretudo, uma peça de crítica social. Auto de moralidade, pretende transmitir lições sobre o bem e o mal, as virtudes e os vícios. O seu conteúdo é de natureza alegórica. O assunto é a viagem das almas após a morte e o julgamento que as condena ao Inferno, como castigo, ou as envia para o Paraíso, como prémio. 
2. Cenário 
É muito rudimentar. Há um rio e duas barcas: a do Diabo toda enfeitada porque é festa e a do Anjo muito sóbria e austera. Não há uma história, as personagens desfilam uma a uma. Vão à barca do Diabo, depois à do Anjo e regressam à do Diabo onde embarcam: é o percurso cénico da maioria das personagens. 
3. Personagens 
Duas são alegóricas, o Anjo e o Diabo, as outras são humanas. Trazem adereços (símbolos cénicos) que as identificam. São tipos pois representam os defeitos da classe social a que pertencem, não se representam a si mesmas. 
4. Processos de cómico 
Cómico de situação; Cómico de caráter; Cómico de linguagem. 
5. Linguagem
Português medieval, com muitos arcaísmos; vários níveis de língua, de acordo com a classe social da personagem; vários recursos linguísticos: eufemismos; jogos de palavras/trocadilhos; ironia; repetições

 Mais informação, aqui.

REDAÇÃO DA BIOGRAFIA DE MIGUEL TORGA


Trabalho para os alunos de 8ºano (janeiro de 2016)
  • Segue os links (aqui e aqui) e redige a biografia de Miguel Torga obedecendo aos seguintes tópicos: 
1. Verdadeiro nome de Miguel Torga.
2. Origem do pseudónimo.
3. Data e local de nascimento e morte.
4. Meio social a que pertencia a sua família.
5. País para onde emigrou: quando e por quanto tempo.
6. Estudos superiores: quais e onde.
7. Características de Trás-os-Montes destacadas na sua obra.
8. Título do seu primeiro livro de poesia, do seu primeiro livro em prosa, do seu primeiro e único romance, da sua primeira peça de teatro.
9. Prémios que lhe foram atribuídos ao longo da vida.


  • Faz um comentário crítico à frase de Miguel Torga. Tem em conta a data em que foi escrita e refere a sua atualidade.